segunda-feira, 26 de julho de 2010

Óleo de Silicone Protege Olho da Radiação

Os raios utilizados para tratar o cancro do olho causam efeitos colaterais, podendo levar à perda da visão dos pacientes.

A utilização de óleo de silicone pode proteger a visão dos mesmos, que têm de ser submetidos a radioterapia devido a um cancro no olho conhecido como melanoma ocular, sugere um novo estudo, avança o site HealthDay.

Embora os autores do estudo alertem que mais estudos são necessários, dizem que os dados mostram que este processo pode absorver cerca de 50% da radiação que poderia causar danos irreversíveis ao olho.

"A perda de visão é um efeito adverso devastador ainda comum na radioterapia", disse Tara McCannel, da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA), acrescentando que “os nossos resultados sugerem que o óleo de silicone é uma opção segura para proteger a visão do paciente durante a radiação”. O óleo não interfere com o tratamento do tumor, e sua transparência permite que o cirurgião e o paciente vejam através dele.

O melanoma ocular é o cancro ocular mais comum no adulto. O tratamento padrão envolve a aplicação cirúrgica de "sementes radioactivas" e a sua posterior remoção. Apesar de ser eficaz a destruir as células cancerosas, o processo também pode causar perda da visão central, fazendo um prejuízo irreparável nas fibras do nervo óptico e nos vasos sanguíneos.

"Se o paciente sobreviver ao cancro, mais de metade irá sofrer perda da visão no olho tratado, entre seis meses a três anos mais tarde", observou a investigadora.

No entanto, a equipa percebeu que esse risco pode ser significativamente minimizado com a aplicação pré-cirúrgica de protectores de silicone aprovados pela FDA (Food & Drug Administration) no interior do olho.

Os autores observam que os protectores de silicone já são comummente utilizados em cirurgias à retina. Além disso, os cientistas descobriram que o processo não impede o uso da radiação para atacar as células tumorais.

Fonte: Archives of Ophtalmology

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Profissões Tradicionais abrem lugar a Novas

Com o desenvolvimento tecnológico e o crescente conhecimento, a criação de novos cursos/profissões até então inexistentes no mercado de trabalho são a respectiva consequência.

Muitos alunos por todo o Mundo já começaram a investir nessas "ramificações" profissionais, como são exemplo carreiras como: optometria, gerontologia e biomedicina. Esta última, por exemplo, é uma interface entre biologia e medicina, enquanto a gerontologia deriva da geriatria(especialização em medicina).

É fundamental a integração dos profissionais mais experiente na área no processo de aprendizagem dos novos estudantes, só assim estes irão evoluir. "Se não for assim, ele vai ser apenas mais um especializado, porém desconectado do resto."

"A maior dificuldade é que os oftalmologistas não aceitam a profissão dos optometristas, falam mal e dizem que é um exercício ilegal da medicina. Porém, nos países onde a optometria é uma prática difundida, ninguém vai ao médico para fazer uma consulta de refracção, a não ser em caso de doenças".

Uma especialista explica que os profissionais não devem competir, mas trabalhar juntos. "O optometrista deve ampliar sua rede e trabalhar juntamente com o oftamologista, porque deste forma eles também ganham juntos."

Na opinião do palestrante e consultor de gestão em capital humano, Roberto Recinella, é sempre bom ter cuidado. "Também há o risco dos modismos, carreiras passageiras que não se consolidam no mercado. Assim é essencial pesquisar e ter dedicação, algo necessário em qualquer carreira, seja para as tradicionais ou para as novas."

Fonte: O Vale

domingo, 4 de julho de 2010

Antidepressivos Aumentam Risco de Doenças Oculares

Aumento do consumo de antidepressivos e de medicamentos para doenças cardíacas podem provocar graves doenças nos olhos.

O consumo de antidepressivos em Portugal não pára de aumentar. Só nos últimos cinco anos registou-se um aumento de 26,4% no número de embalagens adquiridas nas farmácias, o que chama a atenção para um problema desconhecido pela maior parte da população - os efeitos adversos dos medicamentos na visão.

As mudanças de rotina, associadas à actual crise económica, ou a melhor capacidade para diagnosticar os problemas do foro psicológico poderão estar na origem do aumento no consumo de antidepressivos, sabendo que os mais utilizados são inibidores selectivos da recaptação de serotonina (ISRS). Um recente estudo realizado na Universidade de British Columbia (Canadá) aponta que esta tipo de antidepressivos pode aumentar em 15% o risco de surgir catarata devido aos receptores da serotonina presentes no cristalino.

A catarata é a maior causa de cegueira em todo o mundo provocada pelo embaciamento do cristalino, lente natural do olho responsável pela focagem das imagens. Apesar de o estudo não ser conclusivo, o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, acredita que a correlação entre antidepressivos e catarata faz sentido. "Há evidências de que alguns medicamentos têm acção tóxica sobre o cristalino".

Este é o caso dos corticóides para doenças inflamatórias e dos beta bloqueadores para hipertensão arterial que comprovadamente induzem à catarata quando usados por mais de 1 e 5 anos respectivamente", afirma. Infelizmente doenças como a depressão e a hipertensão arterial são crónicas e exigem uso contínuo de medicamentos. Por isso, aconselham-se visitas periódicas a um especialista da visão.

O uso de beta-bloqueadores para controlar a hipertensão arterial pode levar à depressão. Por isso, é comum o emprego simultâneo de medicamentos para combater cada uma das doenças. A combinação dos dois medicamentos aumenta em 45% o risco de surgir catarata subcapsular.

Para combater este efeito, ele recomenda o consumo de alimentos ricos em luteína que filtram a luz azul, responsável pela oxidação do cristalino. As principais fontes naturais de luteína são: folhas verdes escuras (espinafre, brócolos), gema de ovo e ervilha.

Fonte: Opticanet