terça-feira, 28 de julho de 2009

Semana Decisiva no Hospital Santa Maria

Esta é uma semana decisiva para os pacientes do Hospital de santa Maria que perderam a visão. Novas causas foram sugeridas como a causa da endoftalmite química, como uma reacção tóxica devido a uma troca do produto injectado, pois as consequências do Avastin não têm paralelo em qualquer parte do Mundo.

António Travassos, presidente da SPO, disse à irmã de Valter Bom, o paciente com o prognóstico mais reservado e que foi já submetido a uma intervenção cirúrgica, que "dificilmente recupera a visão".

Três doentes continuam sem ter qualquer percepção luminosa.

Relativamente ao medicamente mais falado do momento, o Infarmed não o suspendeu por achar que não há razões para tal. Devido aos danos causados, já se questiona o uso oftalmológico do mesmo. Determinados medicamentos descobertos para uma cura, funcionam noutra, a isto chama-se off-label, sendo o Avastin um óptimo exemplo.




Este quadro explica a utilização do Avastin. Resta aguardar pela melhoria dos doentes e seguir com special atenção o caso de Valter Bom, de modo a apurar até que ponto se justifica a intervenção cirúrgica nos outros pacientes afectados.

Fonte: SIC

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pacientes com DMRI acabram cegos

Foi na última sexta-feira, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que 6 pacientes foram operados à Degeneração Macular Relacionada com a Idade.

Todos foram operados no mesmo dia, 4 deles a um dos olhos e 2 pacientes foram operados aos dois. Após a operação, nem luzes estes pacientes conseguiram ver com os olhos que tinham sido submetidos a uma intervenção cirúrgica.

A cirurgia é bastante simples, pois consiste em injectar uma determinada substância no olho, de modo a combater e secar os vasos sanguíneos, sabendo que é o excesso dos mesmos que provoca a referida doença.

Numa primeira fase várias justificações foram apontadas para o sucedido, como a contaminação do material injectável ou a anomalia no lote, no entanto vários pacientes tinham sido tratados recentemente com o mesmo lote e não houve registo de qualquer problema.

Consegui-se apurar que o medicamento usado teria sido o Avastin, um medicamento aprovado para tratar o cancro, mas não os olhos. Medicamento este que em 2008 provocou mais de 300 infecções.

Vários hospitais como o de São José, Capuchos, Santa Marta e Dona Estefânia, em Lisboa, e o de São João, no Porto já suspenderam a administração do medicamento.

Isaura Rodrigues, 54 anos, está preocupada com o estado da irmã – Maria das Dores Rodrigues Monteiro, 53 anos, viúva – que se encontra internada no Hospital de Santa Maria, tal como os restantes cinco doentes a quem correu mal o tratamento. "A minha irmã foi operada aos dois olhos. Via alguma coisa e fazia a sua vida. Negociava em carros e viajava. Agora não vê nada, está cega", conta Isaura, que receia por Maria das Dores: "Não se conforma com a cegueira e os médicos não dizem que vai passar. Diz que se mata e que se atira para debaixo de um carro se continuar sem ver nada. Tenho medo que o faça."

"Ninguém me avisou, ou ao meu marido, dos riscos da utilização do medicamento (Avastin)", disse Maria Gorete, a mulher de Walter Bom, um doente que ficou cego dos dois olhos depois da referida intervenção.

A preocupação está presente nas vítimas e seus familiares, pois podem ter perdido definitivamente aquele que todos consideram o seu bem mais precioso - a visão.

Ana Jorge, ministra da saúde, não comenta antes de haverem conclusões do inquérito que está a decorrer.

As vítimas afirmam que vão recorrer à justiça e o Estado vai ter que responder, pois a farmacêutica alertou para a ocorrência de possíveis danos no uso oftalmológico. Face a esta situação a idmenização por parte do Estado a estes pacientes é óbvia, e já se admite um acordo extra-judicial com as vítimas de modo a defender a imagem do Estado e do hospital em questão.

Este mesmo hospital já noticiou que vai pagar tratamento no estrangeiro aos pacientes no caso de ser necessário, sendo estes custos suportados pelo próprio hospital e também pelo Ministério da Saúde.

Espera-se que tudo acabe bem, tendo estes pacientes a sua visão de volta!

Fonte: DN, SIC

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Nike lança óculos com visão a 230 graus

Com o intuito de melhorar as condições de quem opta por um meio de transporte mais ecológico, a bicicleta, a Nike criou uns óculos que permitem aumentar a visão periférica em 25 graus de cada lado.

Os óculos Nike Hindsight foram obra do designer Billy May, proporcionando assim aos ciclistas uma visão bem mais alargada o que lhes dará maior segurança.

No entanto, este modelo é ainda um protótipo e não se sabe se será lançado no mercado.


Fonte: BalacoBaco

terça-feira, 14 de julho de 2009

V CAO - 14 e 15 Novembro


Entre 14 e 15 de Novembro vai realizar-se a quinta edição das Conferências Abertas de Optometria, em Viseu. Tal data foi anunciada recentemente pela APLO (Associação de Profissionais Licenciados em Optometria).

As Conferências Abertas de Optometria são um espaço de partilha das diferentes vertentes da optometria. Os temas a ser abordados nesta 5ª edição, são de grande actualidade e procuram responder de forma eficaz e responsável às exigências inerentes ao exercício da profissão e melhorar os cuidados prestados aos utentes dos serviços de Optometria.

sábado, 11 de julho de 2009

23 de Junho de 2009 - Projecto de Resolução

Foi no 23º dia do mês de Junho, que o deputado José Paulo de Carvalho lançou um Projecto de Regulação da Actividade da Optometria em Portugal. O deputado, defendeu que a actividade é praticada tanto por profissionais, como por simples técnicos, cujos cursos vão desde um fim-de-semana a um ano. Não esqueceu ainda, aquela que poderá ser a solução da mais longa lista de espera em Portugal - a inclusão dos profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS).


O antigo deputado do CDS-PP, recordou que a licenciatura de Optometria em Portugal só é possível na Universidade do Minho ou da Beira Interior. "Por mais absurdo que possa parecer, algumas instituições não reconhecidas como 'estabelecimentos de ensino' administram, sem qualquer controlo, cursos designados por 'curso de optometria' ou 'curso de contactologia', cuja duração pode oscilar entre um fim-de-semana e um ano", lê-se no documento.

O deputado defende assim que a "definição legal, quer da actividade, quer da profissão, é necessária e útil", de modo a haver controlo e fiscalização por parte das actividades competentes.

Assim, o projecto recomenda ao Governo que num prazo de 6 meses, "crie os mecanismos legais para a definição da actividade de Optometria e defina quais os actos que podem ser considerados incluídos nessa actividade".

Fonte: Público

quinta-feira, 9 de julho de 2009

40% Usam Lentes de Contacto por Tempo Inadequado

Estudo canadiano mostra que quase metade dos usuários de lentes de contacto, usam-nas por tempo inadequado.

Este estudo envolveu 1654 pessoas e foi realizado em Fevereiro. Os pacientes usavam vários tipos de lentes de contacto, no entanto o grupo que usava "quinzenais" era o mais descuidado, pois 59% faziam uma manutenção/utilização descuidada. Entre os argumentos apresentados pelos pacientes, o esquecimento e o custo das lentes representam as principais justificações.

É de salientar/relembrar que o uso inadequado de lentes poderá levar ao desenvolvimento de infecções, alergias e comichão, bem como o embaciamento da visão, prejudicando-a. Em casos extremos, poderá ser necessário recorrer a um transplante.

Assim, é fundamental haver sempre um aconselhamento médico de um especialista (donde se pode concluir que a compra de lentes pela internet é muito perigoso). Além disso, fazer uma limpeza correcta das lentes e manter-se informado(a).

Fonte: Folha Online

domingo, 5 de julho de 2009

Vamos Ajudar!

Em Maio deste ano, um aluno de Viseu perdeu totalmente a visão do olho direiro e ficou com apenas 10% da capacidade do lado esquerdo. Foi-lhe diagnosticado "um glaucoma galopante e irreversível.

Em Portugal nada foi possível fazer, pois a mãe do jovem, (que prefere manter o anonimato), consultou vários médicos onde afirmaram em uníssono que nada poderia ser feito para devolver este bem tão precioso à criança.

Inconformados com a situação, os país decidiram ir até uma clínica privada em Barcelona, onde os médicos não garantiram a cura, mas prometerem atrasar o processo do desenvolvimento da cegueira entre 3 a 5 anos.

Visto a família ter poucos recursos económicos, os precisos amigos do jovem sensibilizados com a sua situação, deitaram mãos à obra e promoveram uma campanha de angariação de fundos, coma ajuda da Associação de Pais.

Felizmente, pais e filho partem já hoje para Espanha, saendo que as contribuições não perderam a sua importância. Os donativos podem ser feitos para a conta 0036 0102991000 3149 544, do Montepio Geral.

Vamos ajudar!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Em Análise: Células Tronco - O Futuro?

As células-tronco, também conhecidas como células-mãe ou células estaminais, são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras.

Assim estas representam a principal via de investigação/desenvolvimento da oftalmologia a nível mundial. Estas poderão representar a esperança para quem sofre de patologias como a retinopatia diabética, glaucoma e DMRI, que juntamente com as cataratas (que possuem tratamento cirúrgico), formam as principais causas de cegueira.

CASO 1:

Em 2007, cientistas británicos tentaram restituir a visão de pacientes com degeneração macular, através de um método inovador cultivando de células do epitélio pigmentar da retina (EPR) a partir de células tronco embrionárias, tendo como objectivo devolver-lhes a visão. Já anteriormente células extraídas de regiões saudáveis da retina dos pacientes foram implantadas nos locais afectados por degeneração macular, no entanto trouxeram algumas complicações que se sobrepuseram ao tratamento.

No ratos com degeneração macular a intervenção foi saudável, não trazendo qualquer complicação e restituindo-lhes a visão.

No entanto, tornou-se fundamental ter a certeza da sua aplicabilidade/funcionalidade em humanos. A adaptabilidade das células tronco é fundamental para o sucesso da investigação, e estes cientistas da Universidade de Sheffield acreditaram que esta poderia ser uma terapia de uso mundial.


CASO 2

Já este ano a pequena Dakota Clarke, cega de nascença conseguiu ver contornos de objectos, cores e distinguir luzes à sua volta, ao fim de 2 anos de idade, graças a um tratamento com células tronco. A pequena irlandesa sofria de displasia septo óptica, uma deficiência rara no nervo óptico que provoca cegueira.

Esta foi submetida a um tratamento, na China, designado por "IV", cujos efeitos nunca tinham sido tão produtivos. A director da empresa americana que desenvolveu o tratamento, Beike Biotech, afirma que: "Nós não achávamos que o método IV sozinho seria capaz de realizar tantos benefícios. Mas a experiência no caso de Dakota está nos fazendo repensar completamente o uso do IV". Este usa células embrionárias que posteriormente são injectadas na corrente sanguínea, corrigindo as células danificadas.

Na Grã-Bertanha o tratamento foi bastante criticado pois não se conseguiu ainda apurar se os efeitos do referido tratamento são duradouros.


CASO 3

Do outro lado, no Brasil, um tratamento com células tronco foi também testado em 3 pacientes. No procedimento, foram colhidas células-tronco da medula óssea dos pacientes sendo uma parte das mesmas injectada num dos olhos, preservando o outro por segurança.

“O mais importante é que até o momento nenhum dos pacientes teve algum tipo de complicação”, disse o oftalmologista Rubens Siqueira, um dos membros da investigação.

Uma vantagem de usar as células-tronco do próprio indivíduo é que não há rejeição. A retina transforma os estímulos luminosos, a imagem, em impulsos nervosos, que são enviados para o cérebro através do nervo óptico. A expectativa é que as células-tronco liberem substâncias que estimulem o funcionamento da retina e, consequentemente, resultem na recuperação da visão.


Os pacientes vão ser seguidos mensalmente, durante um ano, com testes de oftalmoscopia, topografia, acuidade visual e electroretinografia, de modo a captar os impulsos eléctricos das células fotoreceptoras da retina.




Assim, os benefícios das células-tronco são inegáveis e óbvios, sabendo que é claramente a principal via de investigação no campo da oftalmologia/optometria, pois os seus resultados já foram comprovados. As principais dúvidas residem na sua durabilidade, nos efeitos secundários e no método de aplicação das mesmas, pois como foi possível observar nestes 3 casos, as células foram retiradas de locais diferentes e aplicadas/injectadas de vários modos, no entanto, em todos eles os resultados foram obviamente benéficos.