terça-feira, 30 de março de 2010

Terapia Visual Melhora Disléxicos

Segundo os resultados de uma pesquisa publicada na edição de Dezembro da publicação “Optometry & Vision Development”, há uma estreita relação entre a incapacidade de fixar visualmente objectos e a dislexia.

Dislexia caracteriza-se por uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração. Um estudo da UTAD sobre a prevalência da dislexia em crianças portuguesas revelou que 5,4 % desta faixa etária apresentam este distúrbio patológico de aprendizagem, sabendo que 4 em cada 5 são do sexo masculino.

“Os disléxicos têm uma maior tendência para a instabilidade de fixação visual que outros indivíduos do mesmo grupo etário” revela o estudo.

No entanto, práticas diárias de terapia visual ajudam a melhorar a atenção até 19%, através de exercícios, previamente aconselhados por um especialista - ortóptico, a instabilidade da visão binocular diminui, facilitando assim, a identificação de letras e a leitura.

Fonte: Optometry & Vision Development

domingo, 28 de março de 2010

Grupo de Investigação Nacional Premiado

O Grupo de Investigação em Óptometria e Ciências da Visão da Escola de Ciências da Universidade do Minho foi distinguido com o prémio do XXI Congresso Internacional de Optometria, organizado pelo Conselho Espanhol de Optometria em Madrid.

Fonte universitária adiantou hoje à Lusa que o trabalho foi apresentado pelo investigador António Queirós Pereira e faz parte do doutoramento que desenvolve no Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental (CEORLab) da UMinho.

O projecto, desenvolvido em parceria com a Universidade de Múrcia e a Clínica Oftalmológica Novovisión de Madrid, ambas de Espanha, destacou-se entre os 200 trabalhos apresentados no evento, que foi seguido por mais de mil congressistas.


Fonte: Sapo

sexta-feira, 19 de março de 2010

Soldado Vê Através da Língua

Craig Lundberg ficou sem a visão devido a um ataque com um lançador de granadas, no Iraque. Três anos mais tarde, reaprende a "ver" através de um aparelho à base de estímulos eléctricos.

O Ministério da Defesa britânico escolheu o jovem de 24 anos para ser o primeiro militar a testar o sistema BrainPort Vision. A tecnologia, que teve origem nos Estados Unidos, funciona através da substituição sensorial.

O mecanismo transforma as imagens, capturadas por uns óculos com câmara incorporada, em impulsos eléctricos. Os estímulos são sentidos pela língua através de uma espécie de cartão que se coloca na boca. Ao reconhecer que os impulsos não têm relação com o paladar, o cérebro reencaminha-os para o seu centro visual, onde são processados e reinterpretados, dando assim ao utilizador uma espécie de visão rudimentar.

Em declarações à Sky News, Lundberg diz ter reconhecido as primeiras letras de um teste de optometria. "Consegui sentir com a língua que a letra inicial era o A, e prossegui para a seguinte. Foi maravilhoso", explicou o militar britânico, que disse ainda ter identificado mais objectos. "A seguir ao teste, caminhei por um corredor e consegui ver as portas, as paredes e as pessoas que vinham na minha direcção".

Segundo as informações disponibilizadas no website da Wicab, a empresa criadora do BrainPort, esta tecnologia é especialmente útil para pessoas que não conseguem percepcionar mais do que manchas luminosas.

O processo de adaptação é relativamente rápido: ao fim de poucos minutos de uso, o utilizador fica com noção do espaço e da direcção do movimento e, passada uma hora, consegue identificar e agarrar objectos que se encontrem a uma curta distância.

Fonte: JN

segunda-feira, 15 de março de 2010

Molécula Facilita Detecção Precoce de Glaucoma

Uma recente pesquisa poderá indicar sinais mais precoces de glaucoma, a causa mais frequente de cegueira irreversível em todo o Mundo. A proteína, conhecida por ELAM-1, poderá ajudar os médicos a diagnosticarem a doença, que afecta cerca de 70 milhões de pessoas a nível mundial.

Na mais recente edição da revista “Natural Medicine”, uma equipa de investigadores, liderada pelo Dr. Joel S. Schuman, publica um estudo que focou o exame ao retículo trabecular de olhos saudáveis e de pessoas com glaucoma.

A proteína ELAM-1 estava presente em todos os olhos doentes e em nenhum dos olhos saudáveis. O ELAM-1 poderá ser a resposta ao “stress” que as células sofrem devido ao aumento de pressão, preservando a vida destas e ajudando a rede a drenar melhor. No entanto, o excesso desta molécula poderá também dever-se à própria evolução do glaucoma.

Esta investigação poderá ajudar ao desenvolvimento de métodos de diagnóstico para a detecção precoce do glaucoma, bem como indicar novos tratamentos.

Fonte: Natural Medicine

(Imagem: Hope, G. Klimt)

domingo, 7 de março de 2010

Transplante de Córnea com Células-Tronco






Cientistas de uma universidade inglesa desenvolveram uma técnica para curar lesões na córnea.

Um senhor de 75 anos era praticamente cego até seis meses atrás. Não conseguia ler, conduzir nem sequer podia sair de casa sozinho. Hoje em dia, Roger Gibbons leva uma vida normal.

“Feri o meu olho direito com cimento”, conta Roger, que é construtor aposentado. “Passei a forçar a visão do olho esquerdo e também quase a perdi. Graças à medicina, sou um novo homem”.

Do olho menos comprometido, os cientistas retiraram células-tronco. Estas foram espalhadas sobre um pequeno pedaço de membrana amniótica, um tecido retirado da placenta de mulheres que acabaram de ter filhos.

As células-tronco desenvolveram-se e o novo tecido foi sobreposto na córnea danificada. Roger voltou a ver. Outros 12 pacientes com problemas semelhantes também foram operados e recuperaram a visão.

A técnica desenvolvida num laboratório de oftalmologia da universidade de Newcastle é revolucionária porque elimina totalmente o risco de rejeição, um dos piores problemas que podem ocorrer após o transplante. Neste caso não há esse risco porque os tecidos transplantados são produzidos artificialmente, com células-tronco do próprio paciente.

Fonte: Globo