sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Menor Computador do Mundo

O menor computador do mundo foi lançado recentemente. Os investigadores afirmam que é o primeiro sistema de computação completo em escala de milímetros.

O sistema é voltado para aplicações médicas. O protótipo é um monitor implementável no olho que acompanha continuamente o progresso de pacientes com glaucoma, doença que pode levar à cegueira.

O sistema possui um microprocessador de baixa potência e um sensor de pressão, uma memória, uma bateria de filme fino, uma célula solar e um rádio sem fio com uma antena que pode transmitir dados a um leitor externo.

O processador é intra-ocular e tem consumo de energia extremamente baixo – faz medições a cada 15 minutos e consome uma média de 5,3 nanowatts. Para manter a bateria carregada, ele exige a exposição a 10 horas de luz interior ou 1,5 horas de luz solar a cada dia. O dispositivo pode armazenar até uma semana de informação.

Embora o sistema minúsculo seja completo, não comunica com outros dispositivos semelhantes ao mesmo. Isso é uma característica importante para qualquer sistema direccionado para redes de sensores sem fio. A chave para esta unidade se ligar com outros computadores para formar redes sem fio é um rádio compacto que não necessita de ajuste para encontrar a frequência correcta.

O próximo grande desafio é conseguir sistemas em escala de milímetros que têm uma série de novas aplicações para a monitorização de pessoas (e das suas partes do corpo), ambientes e edifícios.

Fonte: HypeScience

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Queixa contra médico continua nos tribunais


Quando deu entrada no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), em Portimão, a 23 de Outubro de 2004, o belga Ferdinand Michiels, com cerca de 80 anos, estava em risco de cegar do olho direito. Dias antes, tinha sido operado às cataratas por Franciscus Versteeg, na I-QMed, em Lagoa.

A 26 de Outubro, o doente apresentou queixa contra o cirurgião holandês na Ordem dos Médicos (OM). E, a 9 de Novembro, foi a vez de o director do Serviço de Oftalmologia do CHBA, Jorge Correia, denunciar o caso à OM. Continua à espera há seis anos.

Eliane Michiels, viúva do doente (falecido em 2007), residente em Portimão, evocou ontem ao CM os momentos 'assustadores' então vividos: 'Ele tinha muitas dores e estava em risco de perda total de visão daquele olho. A operação na I-QMed, pela qual pagou 1150 euros, correu mal. Ele tinha uma infecção grave mas o dr. Versteeg foi para a Holanda e não o tratou. Se não fosse a equipa do CHBA teria ficado cego.'

O historial do sucedido foi descrito ao CM por Jorge Correia: 'O doente veio para o CHBA, transferido do Hospital Particular do Algarve (HPA). Apresentava uma endoftalmite. Disse--me que, no dia depois da operação, na I-QMed, não se sentia bem e foi visto pelo cirurgião. Mas, no dia seguinte, seria atendido por um auxiliar, que lhe tirou uma foto ao olho e a enviou, via multimédia, ao médico. Este estaria na Holanda foi de lá que o medicou.'

Como o problema se manteve, a I-QMed internou o doente no Hospital Particular, em Alvor, de onde seria transferido, de urgência, para o CHBA. Aqui, submetido a um tratamento 'agressivo', recuperou e teve alta a 6 de Novembro.

'Os doentes têm de ter seguimento médico, o que não pode ser feito por um auxiliar', frisou o director de Oftalmologia do CHBA, que, desde a queixa, apenas recebeu da OM, a 31 de Março de 2005, uma carta a acusar a recepção da participação e a pedir informações sobre quem era o director clínico da I-QMed, à qual respondeu.

O porta-voz da OM, Diamantino Cabanas, esclareceu que o 'processo se mantém aberto, em segredo de justiça'. E disse que 'uma eventual condenação do médico não teria impedido os quatro casos recentes, a menos que tivesse havido ordem de expulsão, improvável na situação'.

3000 PROCESSOS DISCIPLINARES

Só na zona Sul, o Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos (OM) tem actualmente em mãos 'mais de mil processos'. O número foi ontem revelado ao CM pelo porta-voz da OM, Diamantino Cabanas, segundo o qual no Norte e no Centro os números 'serão idênticos'.

No que diz respeito aos doentes operados na clínica de Lagoa, o bastonário da OM, Pedro Numes, 'mesmo sem queixa, decidiu enviar os casos para Conselho Disciplinar', frisou Diamantino Cabanas.

DOENTES NÃO QUEREM NEGOCIAR COM O MÉDICO

As primeiras palavras públicas do médicos holandês, Franciscus Versteeg, autor das cirurgias que cegaram quatro doentes, não foram bem recebidas por familiares e amigos dos pacientes. '15 mil euros de indemnização é muito pouco. Penso que a Valdelane não quer negociar mas sim que o processo siga para tribunal', referiu Josiane, amiga da doente brasileira. Por sua vez, Rosário Barradas referiu: 'Não há dinheiro que pague a vista.' A filha de Ernesto Barradas entende que o médico tem de ser condenado. Para o médico holandês, pagar indemnizações aos doentes é a única forma possível de 'fazer as pazes com eles'. Em declarações a um jornal diário, Franciscus Versteeg confirmou que tanto a clínica, como a actividade têm seguro e garantiu ser o único responsável pelas cirurgias realizadas na clínica de Lagoa.

IDOSOS RETIRAM OLHOS LESADOS PARA A SEMANA

Os dois doentes mais velhos, de 83 e 88 anos, que cegaram na sequência da operação às cataratas na clínica I-QMed, deverão ser submetidos a uma intervenção cirúrgica na próxima semana para retirarem os olhos lesados afim de serem colocadas próteses, apurou o CM. A decisão médica ainda não foi, contudo, comunicada a Rosário Barradas, filha de Ernesto Barrados, de 83 anos.

'Não sei de nada, e se assim for lamento não me ter sido ainda comunicada uma decisão que envolve uma situação tão delicada', referiu.

O idoso que desconhece ter perdido a visão do olho direito para sempre mantém a vista ainda muito inflamada e sofre de muitas dores, contou a filha.

Também a doente de 88 anos, residente em Beja, será sujeita à mesma operação, que já na terça-feira foi realizada ao cidadão inglês, de 66 anos, que também cegou na sequência da operação.

Michael Donovan encontrava-se, ontem, em recuperação da cirurgia. A extracção do olho visa evitar dores e desconforto ao doente devido à infecção.

Relativamente à cidadã brasileira, Valdelane Santos, 35 anos, que cegou dos dois olhos, prosseguem as tentativas para salvar a visão. Ontem, a doente com dois filhos de 15 e três anos, foi pela terceira vez operada.

Segundo uma amiga, Josiane Soares, a operação correu bem. 'Foi uma cirurgia de rotina que visou retirar líquido da vista inflamada', disse. Josiane Soares acredita que a lesão pode não ter ser tão grave por ter sido tratada no dia da operação.

SEGURADORAS NÃO FISCALIZAM

A seguradora Allianz, que tem convenção com a clínica I-QMed de Lagoa, minimiza o facto de o centro médico estar irregular, considerando que o fundamental é a 'qualidade dos acto médicos'. 'A falta de cumprimento de actos médicos tanto pode acontecer numa clínica que esteja licenciada como numa que não esteja', refere fonte da seguradora, adiantando que não cabe às seguradoras fiscalizar o cumprimento das obrigações legais das clínicas privadas. O Instituto de Seguros de Portugal recusa comentar.

Queixa contra médico continua nos tribunais

Quando deu entrada no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), em Portimão, a 23 de Outubro de 2004, o belga Ferdinand Michiels, com cerca de 80 anos, estava em risco de cegar do olho direito. Dias antes, tinha sido operado às cataratas por Franciscus Versteeg, na I-QMed, em Lagoa.

A 26 de Outubro, o doente apresentou queixa contra o cirurgião holandês na Ordem dos Médicos (OM). E, a 9 de Novembro, foi a vez de o director do Serviço de Oftalmologia do CHBA, Jorge Correia, denunciar o caso à OM. Continua à espera há seis anos.

Eliane Michiels, viúva do doente (falecido em 2007), residente em Portimão, evocou ontem ao CM os momentos 'assustadores' então vividos: 'Ele tinha muitas dores e estava em risco de perda total de visão daquele olho. A operação na I-QMed, pela qual pagou 1150 euros, correu mal. Ele tinha uma infecção grave mas o dr. Versteeg foi para a Holanda e não o tratou. Se não fosse a equipa do CHBA teria ficado cego.'

O historial do sucedido foi descrito ao CM por Jorge Correia: 'O doente veio para o CHBA, transferido do Hospital Particular do Algarve (HPA). Apresentava uma endoftalmite. Disse--me que, no dia depois da operação, na I-QMed, não se sentia bem e foi visto pelo cirurgião. Mas, no dia seguinte, seria atendido por um auxiliar, que lhe tirou uma foto ao olho e a enviou, via multimédia, ao médico. Este estaria na Holanda foi de lá que o medicou.'

Como o problema se manteve, a I-QMed internou o doente no Hospital Particular, em Alvor, de onde seria transferido, de urgência, para o CHBA. Aqui, submetido a um tratamento 'agressivo', recuperou e teve alta a 6 de Novembro.

'Os doentes têm de ter seguimento médico, o que não pode ser feito por um auxiliar', frisou o director de Oftalmologia do CHBA, que, desde a queixa, apenas recebeu da OM, a 31 de Março de 2005, uma carta a acusar a recepção da participação e a pedir informações sobre quem era o director clínico da I-QMed, à qual respondeu.

O porta-voz da OM, Diamantino Cabanas, esclareceu que o 'processo se mantém aberto, em segredo de justiça'. E disse que 'uma eventual condenação do médico não teria impedido os quatro casos recentes, a menos que tivesse havido ordem de expulsão, improvável na situação'.

3000 PROCESSOS DISCIPLINARES

Só na zona Sul, o Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos (OM) tem actualmente em mãos 'mais de mil processos'. O número foi ontem revelado ao CM pelo porta-voz da OM, Diamantino Cabanas, segundo o qual no Norte e no Centro os números 'serão idênticos'.

No que diz respeito aos doentes operados na clínica de Lagoa, o bastonário da OM, Pedro Numes, 'mesmo sem queixa, decidiu enviar os casos para Conselho Disciplinar', frisou Diamantino Cabanas.

DOENTES NÃO QUEREM NEGOCIAR COM O MÉDICO

As primeiras palavras públicas do médicos holandês, Franciscus Versteeg, autor das cirurgias que cegaram quatro doentes, não foram bem recebidas por familiares e amigos dos pacientes. '15 mil euros de indemnização é muito pouco. Penso que a Valdelane não quer negociar mas sim que o processo siga para tribunal', referiu Josiane, amiga da doente brasileira. Por sua vez, Rosário Barradas referiu: 'Não há dinheiro que pague a vista.' A filha de Ernesto Barradas entende que o médico tem de ser condenado. Para o médico holandês, pagar indemnizações aos doentes é a única forma possível de 'fazer as pazes com eles'. Em declarações a um jornal diário, Franciscus Versteeg confirmou que tanto a clínica, como a actividade têm seguro e garantiu ser o único responsável pelas cirurgias realizadas na clínica de Lagoa.

IDOSOS RETIRAM OLHOS LESADOS PARA A SEMANA

Os dois doentes mais velhos, de 83 e 88 anos, que cegaram na sequência da operação às cataratas na clínica I-QMed, deverão ser submetidos a uma intervenção cirúrgica na próxima semana para retirarem os olhos lesados afim de serem colocadas próteses, apurou o CM. A decisão médica ainda não foi, contudo, comunicada a Rosário Barradas, filha de Ernesto Barrados, de 83 anos.

'Não sei de nada, e se assim for lamento não me ter sido ainda comunicada uma decisão que envolve uma situação tão delicada', referiu.

O idoso que desconhece ter perdido a visão do olho direito para sempre mantém a vista ainda muito inflamada e sofre de muitas dores, contou a filha.

Também a doente de 88 anos, residente em Beja, será sujeita à mesma operação, que já na terça-feira foi realizada ao cidadão inglês, de 66 anos, que também cegou na sequência da operação.

Michael Donovan encontrava-se, ontem, em recuperação da cirurgia. A extracção do olho visa evitar dores e desconforto ao doente devido à infecção.

Relativamente à cidadã brasileira, Valdelane Santos, 35 anos, que cegou dos dois olhos, prosseguem as tentativas para salvar a visão. Ontem, a doente com dois filhos de 15 e três anos, foi pela terceira vez operada.

Segundo uma amiga, Josiane Soares, a operação correu bem. 'Foi uma cirurgia de rotina que visou retirar líquido da vista inflamada', disse. Josiane Soares acredita que a lesão pode não ter ser tão grave por ter sido tratada no dia da operação.

SEGURADORAS NÃO FISCALIZAM

A seguradora Allianz, que tem convenção com a clínica I-QMed de Lagoa, minimiza o facto de o centro médico estar irregular, considerando que o fundamental é a 'qualidade dos acto médicos'. 'A falta de cumprimento de actos médicos tanto pode acontecer numa clínica que esteja licenciada como numa que não esteja', refere fonte da seguradora, adiantando que não cabe às seguradoras fiscalizar o cumprimento das obrigações legais das clínicas privadas. O Instituto de Seguros de Portugal recusa comentar.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Farmacêutico e técnica do Santa Maria vão a julgamento pela cegueira de seis pessoas

O farmacêutico e a técnica de farmácia, acusados de terem provocado a cegueira a seis pessoas no Hospital de Santa Maria em Julho de 2009, vão ser julgados, decidiu esta sexta-feira o juiz Avelino Frescata do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

O juiz entendeu que tanto Hugo Dourado como Sónia Baptista devem ser julgados por seis crimes de ofensa à integridade física grave, na forma de dolo eventual.

Recorde-se que dos seis doentes afectados, dois perderam a visão por completo e os restantes apenas num olho. Em causa esteve a administração errada de um fármaco.

Fonte: Destak

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Presidente da SPO afirma que cegueira" do Santa Maria está ligada a problema químico

"Estou absolutamente convencido que se trata de algo químico ligado ao produto injectado", disse António Travassos numa conferência de imprensa, sem referir o nome do medicamento Avastin ao qual têm sido atribuídas as complicações surgidas nos doentes, após o tratamento oftalmológico.

O médico reafirmou, aliás, as virtudes do Avastin.

"Fui eu que introduzi o Avastin em Portugal e tenho tido resultados excelentes nos doentes. Se o Avastin parar, muitos doentes vão ter problemas de visão e não vão recuperar", avisou António Travassos.

O oftalmologista, que tem estado a colaborar com a equipa médica do Santa Maria, esteve hoje numa conferência de imprensa promovida pelo hospital para fazer um ponto de situação sobre os doentes.

Os especialistas admitem que dois dos seis doentes podem recuperar a visão.

Fonte: DN

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

CCC satisfeito com tecnologia 3D

O Centro Cirúrgico de Coimbra (CCC) está “muito satisfeito com os resultados alcançados” pelas primeiras cirurgias oftalmológicas do mundo que recorreram à tecnologia 3D de alta definição (HD).

A equipa dirigida por António Travassos garantiu que as operações realizadas em dezembro, no CCC, “foram um sucesso total”.

Segundo António Travassos, “a utilização da tecnologia 3D no bloco operatório é um avanço significativo” para esta área da medicina. “O 3D leva a cirurgia a aproximar-se da perfeição, permitindo, consequentemente, aumentar as probabilidades de sucesso das intervenções”, declarou.

Para dar este salto tecnológico, o cirurgião de Coimbra, que já realizou mais de 30 000 intervenções oftalmológicas, recorreu a Marco Neiva, perito em tecnologia 3D.

Neiva foi o responsável pela integração tecnológica que permitiu executar, pela primeira vez no mundo, cirurgias oftalmológicas com o auxílio da tecnologia 3D/HD. Para o conseguir, acoplou ao microscópio cirúrgico um sistema de captação 3D.

Neiva realçou que “nunca antes tinha sido possível a uma equipa de cirurgia oftalmológica visualizar em tempo real a operação e executar todas as tarefas de apoio ao cirurgião num ambiente 3D/HD”.

O especialista destacou como vantagens “desta inovação, a qualidade do apoio à cirurgia dentro do bloco operatório, a recolha documental para memória futura e os benefícios no que diz respeito à formação de cirurgiões”.

Neiva desenvolveu esta solução em parceria com a Emílio Azevedo Campos (EAC), uma empresa especializada em vídeo profissional, e a Sony Europa.

O 3D dá uma visão muito mais próxima da realidade, permitindo à equipa que acompanha o cirurgião estar a ver o que ele vê no microscópio e detetar com muito maior precisão qualquer problema que surja durante a intervenção, corrigindo-o de imediato.

Os resultados deste avanço tecnológico vão ser apresentados ao público especializado e à comunicação social na sexta-feira, pelas 10H30, numa sessão pública numa sala de cinema do centro comercial Vasco da Gama, em Lisboa.

Fonte: Diário as beiras