Com os cinemas cheios, a questão impertinente coloca-se: além das criaturas virtuais e gigantes que parecem saltar à frente dos "óculos especiais", poderiam existir outras, microscópicas e reais, ameaçadoras para a saúde, já que este óculos, diferentemente daqueles de papel do passado, não são descartáveis?
Um dos riscos que poderia existir neste processo de reutilização dos óculos é a conjuntivite, tanto a bacteriana quanto a viral, ambas altamente contagiosas. No entanto os cinemas providenciaram um processo de limpeza, pois o kit de projecção 3D, importado a alto custo, traz junto máquinas para esterilização.
Por outro lado o facto de crianças menores de 12 anos assistirem aos filmes indicados, preocupa a neurologista Teresa Paiva, considerando esta que: “A forte estimulação sensorial pode ter implicações para o sistema nervoso central”, apesar de não conhecer estudos científicos sobre os efeitos destes filmes na saúde humana, enumera as cefaleias e os distúrbios de sono como alguns exemplos de efeitos possíveis.
Quanto ao oftalmologista Jorge Breda, quando questionado acerca dos efeitos dos efeitos 3D, este considera que os mesmos não provocam qualquer tipo de lesões oculares. Este explicou que “as implicações que poderão ter é para o sistema nervoso central”, já que a retina transforma as ondas luminosas em impulsos nervosos.
Os efeitos dos filmes 3D ainda não foram estudados de um modo profundo como se pretende, por enquanto pede-se prudência e precaução.
Fonte: Correio da Manhã
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