Em Itália um oftalmologista declarou ao Ministério da Saúde a sua preocupação pelas crianças incapazes de ver imagens em 3D argumentando que, com a popularização da tecnologia, estas acabariam excluídas das demais.
De acordo com estudos recentes, cerca de 1% da população não pode experimentar imagens tridimensionais devido a alguma complicação ocular, como estrabismo, doenças da retina ou cataratas.
Para explicar as restrições, o professor do Departamento de Oftalmologia da Unifesp, William Chamon, deu umas pequenas explicações: "Quem pode assistir às imagens tridimensionais?".
Inicialmente, para compreender o processo, é preciso saber que uma imagem tridimensional só pode ser gerada através de uma visão binocular , isso quer dizer que qualquer pessoa com visão semelhante nos dois olhos, sem anisometropia e sem desvio ocular consegue ver em 3D, desde que não tenha alguma falha mais delicada num dos olhos.
Fenómeno similar e desfavorável à formação da imagem 3D acontece quando a pessoa é estrábica e produz imagens díspares em cada um dos olhos, diz o oftalmologista. “O cérebro não tolera imagens diferentes, este "desliga" um dos olhos, num fenómeno que chamamos de supressão”.
Relativamente aos estrábicos, Chanon afirma também que o factor do uso dos 3D que pode trazer alguma preocupação, ainda que raro, é o caso da desestabilização de um estrabismo oculto, isto é, um desvio ocular não-aparente que pode ser desregulado ao assistir a conteúdos tridimensionais.
Os espectadores com miopia e/ou astigmatismo, por outro lado, não possuem nenhum problema para ver filmes em três dimensões, por exemplo, mas desde que usem um par de óculos ou lentes de contacto – o que é preferível, segundo o mesmo.
Fonte: infoPlantão
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