quinta-feira, 27 de maio de 2010

Nos Olhos o Cancro Também de Desenvolve

Muitas pessoas nem imaginam, mas o olho também é um órgão que pode ser atacado pelo cancro. O tipo de cancro ocular mais frequente é o melanoma da coróide, um tumor maligno mais comum em adultos do que em crianças. "Temos percebido um aumento no diagnóstico desse tipo de cancro, tendo em vista um maior acompanhamento dos pacientes com os exames de rotina", explica a oftalmologista Martha Chojniak, especialista em oncologia.

Esse tipo de tumor pode atacar diferentes partes do olho, desde a pálpebra até às estruturas internas, como a íris. A parte do olho mais susceptível de desenvolver melanomas é a coróide, que não é visível a olho nu, sendo necessário dilatar a pupila e examinar o olho com equipamentos especiais para diagnostica-lo.

O exame de mapeamento de retina (mais conhecido como de "fundo do olho") é recomendado para adultos com mais de 40 anos, pois a partir desta idade as chances de desenvolver melanoma da coróide crescem. Os sintomas mais comuns são: baixas na capacidade de visão (bem como do campo visual), sombras, dor local e olhos vermelhos.

Como tratar - O tratamento mais utilizado quando o tumor ainda é pequeno é a braquiterapia, remoção do olho afectado (se houver metastização a probabilidade de sobrevivência é quase nula).

Um outro tipo de tumor no olho é o retinoblastoma, originário das células da retina, em 90% dos casos atinge crianças de até cinco anos de idade. "Os índices de cura são altos, mas o diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento gere menos efeitos colaterais e complicações", explica a oftalmologista. Existem dois tipos de retinoblastoma: o hereditário e o não hereditário.

O retinoblastoma pode ser diagnosticado ainda na maternidade, no exame de mapeamento de retina. Para identificar o retinoblastoma, fique atento aos seguintes sinais na criança: pupila do olho branca, chamada de "olho de gato", ao invés de vermelha na presença de luz (isto pode ser observado em fotografias com flash) e estrabismo (que é uma consequência do tumor, e não sua causa). No que toca aos factores de risco, o mais importante é quando existe caso de retinoblastoma na família.

Fonte: Olhão

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